quinta-feira, junho 07, 2007

Piratas


Não me baseio em qualquer documento histórico para confirmar o que escrevo aqui hoje, mas parece que em tempos, a lagoa da Foz do Arelho foi um porto dominado por embarcações piratas. Sim, estão a ler bem, piratas. Piratas como estamos habituados a ver em filmes, com barba, pala no olho, perna de pau (estes ainda se podem comprar no café mais próximo) e papagaio ao ombro. Bem talvez não tanto vestidos a rigor.

Lembro-me de ser puto e me contarem isto e lembro-me também que existia à saída da aberta (ligação maritima entre a lagoa e o mar) um mastro de madeira que se avistava quando a maré estava baixa e o mar estava calmo. Diziam-me "aquele mastro foi um antigo barco pirata que ali naufragou".

Naqueles tempos a Foz devia ser ainda mais fantástica, com a lagoa, que em tempos foi bem profunda, a albergar dezenas de navios piratas. Na costa, a Foz deveria servir de albergue aos piores ladrões do mundo de então, que se deliciavam com o rum do Côcos da altura, ou seria ginja que vinha de Óbidos? Não sei, mas na altura é que se deviam passar umas boas férias na Foz.

3 comentários:

Luis Eme disse...

A história desse barco está feita e não tem nada que ver com piratas e é relativamente recente...

Se for ao cemitério da Serra do Bouro, descobre que estão lá sepultados alguns naufragos de origem inglesa, desse navio.

Procure, faz bem...

Zé Miguel disse...

Faz bem, mas também faz bem deixar a imaginação tomar o seu lugar. Se leu atentamente o post pôde perceber que relato o que me diziam em criança.
De qualquer forma obrigado pela lição de História que nos traz, é sempre bom aprender com altas individualidades da História de Portugal como o Sr.

Releia: "Não me baseio em qualquer documento histórico para confirmar o que escrevo aqui hoje..."

Mais uma vez obrigado por enriquecer o nosso blog.

Anónimo disse...

O comentario sobre os piratas até faz sentido do ponto de vista historico. Das Berlengas até à Pederneira ha documentos no IANTT que comprovam o facto: sobretudo franceses da Bretagne nos seculos XVI e XVII. - Stephane