segunda-feira, janeiro 15, 2007

O que eu mais gosto na Foz - Parte I

Quero iniciar esta interminável rubrica com algo que um qualquer "fozeiro" se deveria identificar sem grande dificuldade. Não vou falar do mar, da praia, da lagoa ou mesmo do já muito publicitado palacete, vou falar dos "Vicentinos".
Não estou a falar de uma ordem religiosa de monges vicentinos ou de um grupo infantil de canto coral chamado " Os Vicentinos", estou a falar de uns bolinhos que podem encontrar no mini-mercado Vicente, no centro da povoação, que durante todo o Verão e aos fins de semana durante o resto do ano, tem uns bolinhos pequenos, tamanho miniatura de qualquer outro bolo, que quentes logo pela manhã com um grande copo de leite frio simples é um dos grandes momentos da vida, esqueçam ter um filho, plantar uma árvore ou escrever um livro, quase tudo se resume a um Vicentino.
É certo que estes bolos não são um exclusivo de Zé Vicente (proprietário do mini-mercado) mas a verdade é que este acabou por emprestar o seu nome, na falta de um melhor e o sinónimo de qualidade que este acarreta, à delícia que agora vos descrevo. Posso desde já avançar que a sua massa estaladiça e aquele interior, que me dizem ser de feijão, que é doce e ao mesmo tempo não doce é divinal, se não fosse divinal não seria assunto do blog. Poderia estar aqui intermináveis horas a tentar descrever a consistência do dito mas não tenho arte e engenho para tal, daí aconselhar uma ida, quanto antes, ao mini-mercado Vicente.
Sei que com isto, devido ao enorme sucesso que o blog vai ter, posso estar a hipotecar a minha hipótese de comprar um quilo de Vicentinos no próximo Verão e também a transformar um pequena fábrica de pastelaria numa multinacional de exportação de Vicentinos cotada no PSI 20 mas não posso deixar de contar um dos grandes prazeres que a Foz me dá.
P.S. - Sr. António não se preocupe que o seu talho ainda vai ser assunto de um post!!!

domingo, janeiro 14, 2007

A Foz a cores

Parece-me que isto está a começar bem, mas se queremos dar aos nossos visitantes, uma ideia mais clara do que é a Foz do Arelho, não podemos colocar apenas registos fotográficos do tempo dos afonsinhos. Assim, espero que esta contribuição fotográfica, que agora insiro, possa revelar um pouco mais do que esta povoação tem para oferecer.


Apreciem a beleza desta paisagem...













Eyes Wide Shut


Lembram-se daquele filme de Stanley Kubrick (ao qual o mesmo já não assistiu à estreia pois infelizmente faleceu pouco antes) com Tom Cruise e Nicole Kidman chamado EYES WIDE SHUT ?
Pois é, cada vez que vou á Foz do Arelho e inevitavelmente admiro o palacete do Conde Almeida Araújo, além de apreciar a beleza deste edifício, que é um ícone desta povoação, lembro-me da cena em que Tom Cruise, numa noite bastante atribulada, vai a uma festa algo estranha nos arredores de Nova York em que para se entrar é necessário uma “senha”.
Imagino-me a chegar ao portão numa noite de tempestade e dizer ao porteiro bem vestido – FIDELIO ! e daí para a frente só não quero passar o mesmo que o actor obviamente… e voltar a casa tranquilo.
A imaginação é assim e para isso a Foz é um local de eleição onde, de dia ou de noite, a paisagem ampla de natureza ou arquitectónica nos leva a momentos inesquecíveis.

sábado, janeiro 13, 2007

Em 1963

Para verem como gosto da Foz do Arelho aqui fica uma imagem de 1963. Um postal escrito pela minha mãe nesse ano e dirigido ao meu pai referindo uma bela estadia em férias e aguardando a sua chegada o que me sugere que já estariam a pensar em mim pois nasci no ano a seguir...
A minha paixão pela Foz é anterior à minha existência!!!

Um pouco de História...



A Foz do Arelho era uma simples povoação da freguesia da Serra do Bouro, e foi elevada à categoria de freguesia a 5 de Julho de 1919.
Desde sempre, a Foz do Arelho foi uma estância de férias, escolhida por famílias de elite, destacando-se a actividade que o industrial Francisco Almeida Grandela desenvolveu em prol da freguesia.
No livro Terra de Águas, editado em 1993 pela Câmara Municipal, refere-se que nos anos 80 do século XIX "Caldas da Rainha começava a viver os seus anos de glória; a obra do Visconde e, mais tarde, a do industrial Grandela (cujo "Chalet" se pode observar na imagem), ali na vizinha foz, serviria, então, de modelo a um certo exotismo arquitectónico, fantasista (...)". Não foi por acaso que nas ligações da cidade ao interior do concelho, a Foz do Arelho tinha o único itinerário considerado moderno há mais de 100 anos. Se há freguesias onde é o passado que continua presente, em relação à Foz do Arelho é o presente que chama a atenção da população: os problemas de assoreamento e poluição da Lagoa de Óbidos, longe de serem resolvidos pelos responsáveis autárquicos e governamentais, suscitam enormes dúvidas aos moradores. Todos os anos diversas personalidades ligadas às mais diversas entidades, reformulam promessas que visam a salvação de um imenso património ambiental. O próprio emprego e a qualidade de vida dos fozenses tem vindo a ser posto em causa. A pequena localidade e os seus lugares continuam demasiado dependentes da lagoa e não têm sido criadas alternativas para o futuro da freguesia.
Resta a esperança de que o turismo venha a ser a tábua de salvação. E para isso contamos com a vossa contribuição. Venham conhecer a Foz e prometo que vão sentir que valeu a pena terem vindo a este mundo.

Os primórdios

Era uma bonita tarde de sábado quando três amigos decidiram elevar a Foz do Arelho a um estatuto que nenhuma outra povoação conheceu até então. Esta pacata localidade, palco de tão bons momentos para estes convivas que quer ao sabor das ondas quer ao sabor das jolas, merece agora um blog que versará todo o tipo de temas ligados a este paraíso do Oeste. Localizada a 10 km de Caldas da Rainha, terra que também diz muito a estes bloggers, é conhecida pela sua extensa praia, pela maior lagoa de água salgada da Europa, pela gastronomia ligada ao mar, pelos desportos náuticos e pela intensa vida nocturna.
O propósito deste blog é mostrar e demonstrar que a Foz é e será sempre um local de eleição para nós e para todos aqueles que tenham tido a sorte de lá estar por um segundo que seja. Para os que ainda não tiveram essa sorte decerto que ao lerem estes textos vão ficar com uma vontade inexplicável de a visitar.